
Marcos Venício Andrade confessou ter matado o ex-governador Gerson Camata - Polícia Civil do Espírito Santo/Divulgação
O secretário de Segurança Pública do
Espírito Santo, Nylton Rodrigues, afirmou que Marcos Venício Moreira
Andrade, de 66 anos, confessou ser o autor do disparo que matou o
ex-governador do estado, Gerson Camata, na tarde desta quarta-feira
(26), em Vitória. Ele já está preso. O crime ocorreu em uma rua do
bairro Praia do Canto. A arma utilizada no crime, sem registro, também
foi apreendida pela Polícia Civil.
Segundo o secretário, Marcos Venício foi
assessor de Gerson Camata por cerca de 20 anos e, atualmente, o
ex-governador movia uma ação judicial contra o ex-auxiliar, na qual a
Justiça já havia determinado o bloqueio de R$ 60 mil da conta bancária
do autor do crime.
“Hoje, na Praia do Canto, o autor do
crime, o ex-assessor Marcos Venício, foi tirar satisfação, ao encontrar
Gerson Camata, na rua, na calçada, próximo a uma padaria e a uma banca
de revistas. Neste encontro, iniciou-se uma discussão verbal, momento em
que o Marcos Venício sacou uma arma e efetuou o disparo que vitimou o
nosso ex-governador. É isso o que nós podemos adiantar agora”, informou.
Ainda de acordo com Rodrigues, que não
detalhou o tipo de ação judicial que era movida por Camata contra
Marcos, o ex-governador foi morto com um único disparo, que atingiu o
pescoço.
Marcos Venício foi preso minutos depois, em flagrante, por policiais que estavam de folga.
Conforme reportagens publicadas pela
imprensa em 2009, o ex-assessor, em entrevista, afirmou que Camata havia
recebido propina de empreiteiras, apresentado recibos falsos para
Justiça Eleitoral e usado de forma irregular verbas parlamentares.
Gerson Camata negou as denúncias à época e disse que Andrade sofria de
problemas psicológicos, além de mover o processo judicial.
No início do mês, a Justiça negou pedido
apresentado por Marcos Venício Andrade para não ter de pagar pelas
custas do processo. Ele alegava não ter renda suficiente para arcar com
as despesas. No entanto, a Justiça entendeu que, com base na declaração
de renda, o ex-assessor possui bens para o pagamento, citando quatro
lojas em um shopping de Vitória e um carro de luxo, que juntos somam
mais de R$ 300 mil.
Por Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil Brasília
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